Viajar é maravilhoso, tratar de vistos pode ser uma dor de cabeça. Neste artigo vamos reunindo informação sobre os vistos dos países que vamos visitando. É, portanto, um artigo em constante actualização. Enquanto viajarmos e mudarmos de país iremos acrescentando nova informação. Subscreve o blog para poderes receber as actualizações. Publicaremos também as actualizações na nossa página de Instagram (vê nos Highlights “VISAS”).
A tua viagem começa agora. Para que país vais viajar? Abaixo encontras informações para:
ÍNDIA | SRI LANKA | TAILÂNDIA | MYANMAR | NEPAL
Recordamos que eu, Ana, sou portuguesa e o Henrique é brasileiro. Assim, temos informações sobre vistos para PORTUGAL & BRASIL. Este artigo não exclui a confirmação das condições para os vistos com as entidades competentes. Recomendamos que contactem a Embaixada do país de destino, bem como as companhias aéreas em que viajem. Além disso, entrar por via aérea, terrestre ou marítima pode ter exigências distintas e proporcionar também condições diversas de permanência no país. Verifica as particularidades da tua viagem com as entidades já mencionadas.
Outra questão importante é que, sempre que mencionamos e-Visas, o que te disponibilizamos são os links para sites oficiais. Mas atenção: há muitos sites de empresas intermediárias a fazer estes vistos e que podem ser confundidos com sites oficiais por omissão de informação nas home pages. Então, bora viajar?
ÍNDIA
Já escrevemos um artigo muito detalhado sobre estes vistos que podem ser uma grande dor de cabeça. Nesse artigo comparamos todas as condições exigidas e proporcionadas pelo e-Visa e o Visto Regular, por isso clica no link acima para mais informações. Abaixo deixamos-te um resumo e ainda uma nota sobre o visto de trânsito.
Nós entrámos por via aérea. Portugueses e brasileiros estão sujeitos às mesmas condições. Temos duas opções de vistos:
i. e-Visa, cujo processo de emissão é todo online, evitando deslocações à embaixada. Custa USD80 + 2.5% da transacção bancária. Pode ser solicitado até 4 dias antes da viagem. Permite uma permanência de 60 dias no país com 2 entradas. ACTUALIZAÇÃO 18.05.2019: um viajante disse-nos que as condições do e-Visa e de outros vistos, como o visa de trânsito, se alteraram em Março deste ano. Ainda estamos a verificar, mas deixamos-te já a chamada de atenção.
ii. Visto regular, que requer uma visita à embaixada. Custa 98€. Deve ser solicitado até 2 semanas antes da partida. Permite permanecer por 6 meses com múltiplas entradas.
Pode ser exigida a apresentação de bilhete de saída do país. No entanto, nós viajámos só com bilhete de ida – vê o artigo em que te damos os detalhes, tendo confirmado se tal era possível com a Embaixada e com a companhia aérea.
A tua situação é outra, apenas vais fazer escala na Índia? Então, o que te recomendamos é que verifiques com ambas a Embaixada e as companhias aéreas sobre a eventual necessidade de teres um Transit Visa, ou seja, um visa que te permite transitar durante as escalas que tenhas de fazer no país. Damos-te esta recomendação de experiência, lê o que nos acontece. Íamos do Sri Lanka para o Nepal, com duas escalas na Índia. A Embaixada respondeu-nos por escrito num e-mail que não precisávamos de qualquer visa, porque estaríamos em trânsito por menos de 12h. No entanto, a companhia aérea impediu o nosso embarque, garantindo que como tínhamos duas escalas o transit visa era um requisito. O e-mail da Embaixada não serviu para nada!
SRI LANKA
Entrámos por via aérea. Temos duas opções para o Sri Lanka:
i. Visa On Arrival, isto é, visto à chegada. Custa $40. Permite uma permanência de 30 dias no país com 2 entradas.
ii. e-Visa, cujo processo de emissão é todo online. Custa USD35. Não conseguimos verificar a antecedência requerida para a sua emissão, mas diríamos, pela nossa experiência, que é possível fazê-lo no dia anterior à viagem. Permite uma permanência de 30 dias no país com 2 entradas. Deixamos-te mais detalhes abaixo.
Este é o e-Visa mais rápido e simplificado que possas imaginar! Na verdade, tal como o e-Visa da Índia, o que é emitido online é uma ETA – Electronic Travel Authorization, ou seja, uma autorização electrónica de viagem. Só à chegada ao Sri Lanka é que te será proporcionado o visto propriamente dito. Detalhes à parte, este e-Visa requer que entres no site oficial e carregues em “Apply”, após leres as instruções, clica “I Agree” (claro!), no final da página. Em seguida podes optar pelo tipo de visto que pretendes na lista da esquerda. Nós preenchemos o “Visa for Group”, como somos dois, levou cerca de 15 min. Agora o melhor de tudo: em ZERO minutos recebemos o e-mail a confirmar a emissão da ETA. Zero minutos, sim, estava registado no e-mail. Voilá, não podia ser mais fácil e de rapidez ultra-sónica!
Nós não tínhamos bilhete de saída do país, mas no embarque em Chennai, Índia, foi-nos dito que isso nos seria exigido à entrada no país e que podíamos ser multados. Perante o stress dessa possibilidade, mas sem querermos restringir-nos a uma data de partida, acabámos por comprar bilhetes falsos através do Best Onward Ticket. Ups, não era para dizer? Esse é o nosso P4Kto, contar os detalhes mais “sórdidos” da viagem! Custou USD12 cada e em menos de 1h estavam disponíveis no e-mail. No entanto, à chegada mal olharam para nós, sem perguntas carimbaram-nos os passaportes. Se voltássemos iríamos deixar para fazer a compra só à entrada no Sri Lanka, caso surgisse a necessidade. Por outro lado, as pessoas que conhecemos com Visa On Arrival, foram questionadas sobre o bilhete de saída, talvez nesta circunstância haja mais fiscalização.
TAILÂNDIA
Entrámos por via aérea. Ambos podemos fazer o Visa On Arrival, ou seja, o Visto à chegada à Tailândia, sem custos. A grande diferença está no tempo de permanência concedido a cada um. Os portugueses têm 30 dias e os brasileiros podem usufruir de 90 dias. Tentei explicar que tenho alma brasileira, mas não se comoveram! E assim carimbaram os nossos passaportes, um ao lado do outro, com este gap temporal completamente discrepante. Para os portugueses há a possibilidade de solicitar previamente um visto de 60 dias, mas não dominamos as condições do mesmo.
Aconteceu que o nosso plano no país se alterou quando o Henrique foi apanhado num surto de Dengue em Ton Sai/Railay Beach. Eu tive de prolongar o meu visto para darmos tempo à sua completa recuperação. Para minha grande surpresa o processo não podia ser mais rápido e simplificado. Dirigi-me ao Immigration Office (Departamento de Imigração) em Krabi e em 25 min estava despachada com o novo carimbo no passaporte! Estão abertos de 2.ª a 6.ª-feira, das 8.30 às 16.30, sem interrupções.


Se precisares de comunicar com eles, talvez a melhor opção seja pelo Facebook, uma vez que o site só surge em Thai. Está localizado a c. de 40 min a pé do centro, debaixo de um sol escaldante – clica para veres no Google Maps. Assim, desloquei-me de Ao Nang a Krabi num autocarro/ônibus público por 50BTH=1.40€=R$5.90, demorou 45 min. No centro de Krabi, apanhei um mototáxi por 150BTH=4.20€=R$17.8, incluindo um total de 40 min de serviço, entre 15 min para ida e volta e 25 min de espera. Deixo-te em seguida o passo a passo deste processo:
i. Reuni os seguintes documentos para levar e, assim, agilizar o processo: a. Passaporte original; b. Cartão de saída (dão-nos à chegada); c. Fotocópia da página do passaporte com detalhes pessoais; d. Fotocópia da página do passaporte com o carimbo de entrada; e. Fotografia de 4×6, como para qualquer cartão de identidade e afins; f. Recibo do pagamento no hostel no dia anterior, mas bastaria levar a morada e número de telefone; g. Levei em dinheiro 1900BTH=52.95€=R$224.70.
Atenção: recomendo que leves todas as cópias, pois próximo à instituição não há nada. Caso contrário eles tiram-te as cópias e a fotografia, também. Não tenho certeza, mas penso que são 100BTH cada. Se tiveres esta informação, deixa nos comentários.
ii. Retirei a senha e tinha seis pessoas à minha frente.
iii. Após c. de 20 min chamaram-me, pediram a documentação e foto e que aguardasse um pouco. Quando me chamaram novamente entregaram-me o passaporte e solicitaram o pagamento de 1900BTH. No total, ao balcão levei 5 min!
O processo de extensão de visto mais não-te-queremos-chatear de sempre! E o pessoal é simpático.
Como tem sido a tua experiência com estes vistos? Partilha nos comentários. Acreditamos que partilhar faz parte de ser viajante. Este é o nosso P4Kto.
MYANMAR
Entrámos em Myanmar por terra, através de Mae Sot, cidade tailandesa, cruzámos a “Friendship Bridge” a pé durante 10 minutos até Myawaddy, cidade com o ambiente de faroeste asiático. Nós tínhamos dúvidas sobre as condições para entrar por terra em Myanmar, pelo que fomos à Embaixada em Bangkok e acabou por ser aí que fizemos o visto. No entanto, percebemos depois, que não há qualquer vantagem nem necessidade de ir à Embaixada. O eVisa teria cumprido o mesmo objectivo sem requerer deslocações.
Assim, recomendamos-te que faças o eVisa, quer vás por via terrestre ou aérea, cujo processo de emissão é todo online. Se chegas por cruzeiro, o e-Visa não é aplicável, verifica as condições com a agência de viagens. Custa USD50. Após submeteres o pedido, recebes um e-mail de confirmação do pagamento, momento a partir do qual se inicia o processamento do visto que pode levar até três dias úteis. Tem estes tempos em consideração para antecipares a requisição. No entanto, em caso de aperto tens a opção do “Tourist Visa Express”, que garante a emissão do visto em 24h, apenas por USD56, ou seja, USD6 de diferença. Fica válido por 90 dias desde a data de emissão e possibilita uma única entrada com permanência até 28 dias, a partir da data de chegada ao país. A requisição é feita através do site oficial. Imprime o visto, porque te será solicitado à entrada no país.
Viajámos para o Nepal de avião, entrando pelo aeroporto Tribhuvan, de Kathmandu. Ambos podemos fazer o Visa On Arrival, ou seja, o Visto à chegada que concede múltiplas entradas. Consulta o site oficial para mais informações. Depois de saíres do avião, todo o processo está sinalizado, sendo fácil e relativamente rápido:
i. preenches o “Arrival Card” disponibilizado em papel e o “Tourist visa form”, um formulário digital que preenchemos com a ajuda de um funcionário que estava lá para este efeito;
ii. vais para a fila do balcão “Viso On Arrival” com este formulários impressos. É requerido que o passaporte tenha, pelo menos, seis meses de validade. Levar dinheiro para efectuar o pagamento é o mais recomendado, antecipando que outros meios possam falhar. Preferem USD, mas aceitam também libras, euros e algumas outras moedas. Está disponível um ATM, só um!, no qual nenhum dos nossos cartões funcionou. Não nos recordamos de que banco se tratava, sabemos que não era o Nabil, pois este é o mais fácil para levantamentos no país com cartões estrangeiros. Disponibilizam também um balcão de câmbio com taxas pouco favoráveis. Por último, podes pagar com cartão. Foi o que fizemos, levando a que tivéssemos de esperar um pouco mais, já que dão prioridade a quem paga em dinheiro. Descobrimos depois que este suposto “pagamento” foi reconhecido a nível bancário como um levantamento. Então, tem atenção às taxas inerentes à operação.
iii. dirige-te ao “Immigration Desk” com toda a documentação e o recibo de pagamento. Voilá, mais um visto no passaporte.
A grande decisão para nós foi prever quanto tempo queríamos permanecer no “tecto do mundo”. São disponibilizadas três opções no aeroporto de acordo com o tempo de permanência:
- Visto de 15 dias, $25
- Visto de 30 dias, $40
- Visto de 90 dias, $100
Uma última nota. No check in em Bangkok perguntaram-nos se tínhamos vôo de saída do Nepal. Dissemos que iríamos sair por terra para a Índia – percurso popular, só para abreviar a conversa. Ficaram na dúvida se isto era possível para brasileiros, explicámos que tínhamos verificado esta questão. Depois de hesitarem alguns minutos, deixaram-nos prosseguir. Resumindo, informa-te antes das condições e procura ter sempre uma resposta pronta para a questão do vôo de saída. Ressalvamos que na chegada a Kathmandu não houve qualquer questão neste sentido.